Incensos: cheirinho bom e transmutação

Os mais céticos acham que o poder alquímico dos incensos é invenção sem sentido do esoterismo "delirante". Mas o estudo que a terapeuta Simone Alves nos traz aqui mostra que a soma de fumaça e aromas está presente na História humana em diversas culturas e tempos, sintoma muito explícito da força desta ferramenta alquímica. Além de perfumar os ambientes, os incensos atuam definitivamente na transmutação vibracional em sua casa... São a fumacinha do bem!

Nada pior que acordar se sentindo indisposta e com um "peso" no corpo, uma vibração negativa, um clima pesado na casa... O que fazer de imediato? Que tal acender um incenso de Arruda, Camomila ou Alecrim?
Quando queimamos um incenso, nosso estado emocional é modificado juntamente com as vibrações do ambiente, pois cada aroma trabalha algo dentro de nós. Seu uso está associado à purificação pois a fumaça gera bem-estar e proteção, e os efeitos de um bom incenso podem ser os mais variados: alguns aromas agem como estimulantes, nos despertam as forças internas, podendo nos tirar do estado de desânimo e cansaço; outros facilitam o estudo ou despertam a inspiração, e auxiliam na meditação, prosperidade, limpeza, sexualidade, etc. Portanto, além de perfumarem os ambientes, os incensos renovam a carga energética estagnada, não havendo qualquer contra-indicação, exceto para os alérgicos aos aromas, é claro.

Uma dica: sempre que acender um incenso, mentalize o seu desejo e ofereça-o para os elementais do Ar pois, relacionado com este Elemento, representa a percepção da consciência que está presente em toda parte. Os diferentes perfumes desempenham um papel energético, facilitando inclusive a aproximação do nosso anjo guardião.

Para aproveitar melhor o poder espiritual do incenso, antes de acendê-lo, deixe exposto por uma hora no seu ambiente doméstico ou de trabalho. Após queimar, pegue as cinzas dinamizadas pelo fogo, coloque na palma das mãos e assopre-as ao vento.
Então, ao ver que o dia começou pesado, faça como diz a música do Patu Fu: "Fico em casa, cheiro incenso. Canto mantras, ligo chakras".

Presença ao longo da História humana - A palavra "perfume" deriva do latim "per fumum", que significa "pela fumaça"; enquanto a expressão "incenso", do latim "incensu", significa "atear fogo".
Antes mesmo de dominar o fogo, o homem conheceu os perfumes que exalavam das florestas em chamas e, assim, teve o seu primeiro contato e inspiração no sentido de se relacionar com os poderes dos cheiros e das fumaças.
Muito tempo depois, quando dominou o fogo, ele passou a queimar, deliberadamente, essas madeiras e folhas, subtraindo o aroma que havia percebido na própria natureza. Assim, o incenso passou a fazer parte da sua vida.
O incenso, portanto, é parte integrante dos primeiros momentos do surgimento da humanidade. Quando as primeiras civilizações e impérios foram surgindo, a História mostra que o incenso sempre esteve presente. Egípcios, gregos, romanos, árabes, judeus, indianos, chineses, entre tantos outros povos e épocas, fizeram largo uso deles, o que se mantém até os dias de hoje. O incenso vem sendo utilizado pelas diversas crenças, religiões e mesmo pessoas descompromissadas com qualquer tipo de credo. Ele definitivamente dominou o mundo com seus aromas e propriedades mágicas.
Veja alguns destaques da história do incenso nas diversas civilizações:

Egípcios
Os egípcios eram muito experientes na manufatura e uso de incensos, e conduziam a composição dos mesmos com verdadeira arte. Muitas de suas idéias relativas ao incenso eram compartilhadas por outros povos e outras crenças. Os ingredientes eram misturados num ritual secreto, acompanhado pela entoação de textos sagrados. Tinha o misterioso significado da harmonia e da ordem.
Hindus
Existem relatos de que havia sido importado da Arábia, mas muitas espécies nativas de materiais aromáticos já eram usadas. Existem outros relatos de que o incenso foi criado na Índia cerca de 6000 anos a.C. As pessoas acreditavam que a fumaça do incenso criava uma ligação física entre os homens e os deuses.
Judeus
Repetidas referências ao incenso no Velho Testamento indicam que seu uso é muito antigo entre os judeus. De fato, na versão autorizada, usa-se freqüentemente a palavra para se referir à queima de oferendas, e os antigos hebreus podiam ter encarado o uso do incenso, bastante popular entre os babilônios, como simples pompa de idolatria. Também foi assim encarado pela antiga igreja cristã, que associava ao paganismo.
Em geral, os pesquisadores concordam agora que a queima de incenso só foi introduzida no ritual judaico por volta do século VII a.C. Contudo, uma vez adotado, tornou-se cada vez mais importante nos atos de adoração.
Gregos
Parece que o incenso, no sentido de gomas e resinas como as conhecemos, só foi usado pelos gregos após o período homérico. Como outros povos, os gregos achavam que um aroma agradável e doce exalava prazer aos deuses. Antes do século VIII a.C., o incenso como tal não era empregado pelos gregos, talvez tenha sido introduzido através do culto à Afrodite, sendo certo que, tradicionalmente, tenha sido trazido da Fenícia, através de Chipre, onde foi empregado em tal culto. Era oferecido juntamente com frutas, doces, trigo, etc., ou sozinho como oferenda isolada, tanto no culto aos deuses ou em rituais domésticos.
Budismo
Como aconteceu a muitas religiões em seu estágio inicial, o uso do incenso era desconhecido no antigo budismo. Contudo, com o passar do tempo, o budismo também sucumbiu a ele, especialmente o budismo setentrional, onde seu uso se tornou generalizado.
No Ceilão, perfumes e flores são colocados diante da imagem de Buda, embora ocorra no Tibet seu maior emprego, uma vez que é utilizado nas cerimônias de iniciação de monges e constitui parte dos rituais diários dos mosteiros.
Romanos
Na religião romana, uma das partes mais importantes do libamina (oferenda sem sangue) era o "tus", que significa tanto incenso como olíbano. Nenhum ritual poderia ser considerado completo sem ele. O incenso também era oferecido isoladamente, privada ou publicamente, também aos lares familiares, ou deuses domésticos. Podiam ser queimados em altares maiores, braseiros ou em pequenos altares portáteis chamados "foci turibulum".
Cristianismo
O cristianismo demorou muito a adotar o incenso em seus ritos. Os serviços da antiga Igreja eram muito simples e o incenso (salvo como purificador) era evitado como algo judaico ou pagão. Muitas autoridades eclesiáticas alegaram que a razão para a omissão do incenso era que não foi empregado pela Igreja pelo menos até 300 anos após os tempos de Apostolado.
A receita do incenso mais antiga que conhecemos por tradição está contida no livro de Êxodo, do Antigo Testamento (capítulo 30, versículo 34). E, por fim, o incenso fazia parte também dos presentes que os Três Reis Magos do Oriente trouxeram ao menino Jesus recém nascido (Mateus 2:11 - "E entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra).

Alguns aromas e seus significados
ARRUDA - Proteção espiritual e autoconfiança. É muito eficiente na eliminação de energias negativas e sua purificação.
AMOR-PERFEITO - Estudos, vibração do ambiente, amor.
ANUBIS - Para despertar a força.
ABSINTO - Favorece a clarividência. Também usado para proteção e amor.
ALECRIM - Afasta a depressão, purifica o local em questão, e eleva o nível de pensamentos.
ALMÍSCAR - Sorte, sucesso e sensualidade.
ANGÉLICA - Proteção e espiritualidade.
BENJOIM - Purifica o ambiente, favorecendo tudo que está ligado à terra, desenvolvendo o brilho pessoal. Proporciona sentimentos de fé, generosidade e compaixão, é ótimo para quem vai prestar exames ou concursos.
CÔCO - Alegria.
BÁLSAMO ROSA - Acalma, purifica, indicado para estudos.
CAMOMILA - Acalma emocionalmente, traz concentração.
CANELA - Indicada para questões financeiras e tranqüiliza o ambiente.
CÂNFORA - Aumenta a realização emocional e profissional, e elimina todo tipo de energia negativa.
CEDRO - Traz longevidade, resistência, ganhos, sucesso, objetos materiais, prosperidade e fortuna, aumenta a clarividência.
CRAVO - Abre os caminhos, atrai dinheiro, destrói as energias negativas reinantes e confere segurança.
DAMA-DA-NOITE - Ideal para encontros amorosos. Ativa as forças do inconsciente, excelente para trabalhos terapêuticos.
EGÍPICIO - Purifica, estimula amorosidade.
ESPIRITUAL - Purifica, dá talento, popularidade e fama, concede sabedoria e protege os artistas, ajudando no contato com o público em geral.
EUCALYPITO - Purificação, saúde.
FLOR DO CAMPO - Equilíbrio emocional.
FLOR DE MAÇÃ - Calmante.
HELIÓTROPIO - Amor.
JASMIM - Aumenta a resistência física e melhora os negócios. Acalma o ambiente.
LÓTUS - Atrai vibrações espirituais do alto astral. Você deve usá-lo sempre que estiver com dúvidas ou receios.
MAÇÃ-VERDE - Acalma, tranqüiliza.
MIRRA - Estimula a intuição, acalma, purifica.
MADEIRA D'ORIENTE - Sensualidade e atração.
ÓPIUM - Favorece a determinação e a sensibilidade psíquica.
ORQUÍDEA - Afrodisíaco, beleza, glamour, fertilidade.
PAPOULA - Psíquico.
PÉTALAS - Favorecem a elevação das vibrações.
ROSA MUSGOSA - Rejuvenesce, embeleza.
ROSA BRANCA - Purifica os sentimentos, acalma.
SÂNDALO - Favorece os estudos, a meditação e intuição.
VERBENA - Atrai sorte, fertilidade, sensualidade e amor.
VIOLETA - Criatividade e originalidade em tudo o que faz e pratica, ajuda na tomada de decisões difíceis promove a determinação e paz de espírito.
YLANG-YLANG - Ativa a sensualidade, poderoso afrodisíaco.

Simone Alves
Reikiana,
Terapeuta Corporal e focalizadora do Sagrado Feminino
Revendedora de Incensos Maitra Gold
simone.alves1111@hotmail.com
Porto Alegre/RS

Fotos
Edição de arte sobre imagens de Adobe (topo) e arquivos Wikipedia (ilustrações)

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